História
A Villa Aymoré renasce com o propósito de preservar e celebrar o rico patrimônio histórico e cultural do espaço, ao mesmo tempo em que projeta novos horizontes para o aprendizado, a inovação e a colaboração. Mais do que um local, a Villa Aymoré é uma comunidade onde estudantes, artistas, profissionais e empreendedores se reúnem para cocriar, compartilhar e inovar. Aqui, unimos o ontem, o hoje e o amanhã para criar um ecossistema vibrante onde a cultura, a educação e os negócios convivem em harmonia.
Linha do Tempo
A tranformação da Villa Aymoré pelo tempo.
1500 - 1555
Ocupação Tupinambá e Francesa.
Em 1555, os franceses, com o apoio dos índios tupinambás, ocuparam um morro que na época era conhecido como Morro do Leripe. Nesse local, os franceses construíram a fortificação de Uruçumirim, com o objetivo de estabelecer a França Antártica.
1565
A retomada do morro pelos portugueses, liderados por Estácio de Sá e com o apoio dos índios temiminós sob o comando de Araribóia, resultou em uma batalha sangrenta que culminou na morte de Estácio de Sá, fundador da cidade.
1714 - 1730
Construção da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.
A construção da igreja começou em 1714, sendo inaugurada em 1739. Esta igreja é considerada uma joia da arquitetura barroca e era a preferida da família real; Dom Pedro II e outros herdeiros foram batizados ali.
1752
Aquisição de Terrenos pela Irmandade da Glória
Após a edificação da igreja, a Irmandade da Glória adquiriu terrenos próximos, incluindo uma chácara com um sobrado, conforme consta na escritura de 27 de abril de 1752 (1º Ofício de Notas). Este sobrado localizava-se no terreno onde atualmente se encontra a Villa Aymoré.
Após a edificação da igreja, a Irmandade da Glória adquiriu terrenos próximos, incluindo uma chácara com um sobrado, conforme consta na escritura de 27 de abril de 1752 (1º Ofício de Notas). Este sobrado localizava-se no terreno onde atualmente se encontra a Villa Aymoré.
1809
A casa pertenceu a Viana Jacome Ribeiro da Costa e sua esposa, Helena da Conceição, cujo filho, Joaquim José Ribeiro da Costa, passou a viver no endereço após seu casamento, até seu falecimento em 1809.
1810 - 1812
Não se sabe ao certo quando o sobrado de Ribeiro da Costa foi adquirido pelo militar lusitano Boaventura Delfim Pereira, que chegou ao Rio de Janeiro em 1810. Em 1812, casou-se com Maria Benedita de Castro Canto e Melo, irmã de Domitila de Castro Canto e Melo, famosa amante de D. Pedro I.
1823 - 1826
A trajetória militar de Boaventura o levou a honrosas nomeações, culminando em 1826, quando foi condecorado como Barão de Sorocaba, ao lado de sua esposa.
1826 - 1857
O Encontro de D. Pedro I e Maria Benedita -
Conta a lenda que o Imperador e a Baronesa utilizavam uma passagem privada que ligava a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro ao sobrado localizado no final da alameda de numeração 4 da Ladeira da Glória.
1827
Atentado a Maria Benedita
Em 1827, Maria Benedita de Castro Canto e Melo, enquanto passava em sua carruagem na Ladeira da Glória, foi atacada a tiros. A Baronesa de Sorocaba escapou ilesa, mas espalhou-se pela corte que a mandante do atentado seria sua irmã, Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, movida por ciúmes. O motivo? Ambas as irmãs mantinham relações com o Imperador, e, inclusive, teriam engravidado dele ao mesmo tempo.
Em 1827, Maria Benedita de Castro Canto e Melo, enquanto passava em sua carruagem na Ladeira da Glória, foi atacada a tiros. A Baronesa de Sorocaba escapou ilesa, mas espalhou-se pela corte que a mandante do atentado seria sua irmã, Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, movida por ciúmes. O motivo? Ambas as irmãs mantinham relações com o Imperador, e, inclusive, teriam engravidado dele ao mesmo tempo.
1855
Cândido José Rodrigues Torres começa a alugar a chácara da Irmandade, excluindo o palacete do acordo, permitindo à Baronesa de Sorocaba a possibilidade de vender a casa.
1860
Após a morte da Baronesa de Sorocaba, Joaquim José Ferreira compra o casarão, adquirindo também terrenos ao redor, e inicia o ciclo de investimentos no local, construindo cinco casas na alameda.
1871
Joaquim José Ferreira falece, deixando a propriedade para seu genro, José Nunes Teixeira.
1896
Manoel Vicente Lisboa compra a propriedade de José Nunes Teixeira por meio de seu filho, Carlos Nunes Teixeira.
1900
Manoel Vicente Lisboa doa a propriedade a seu sócio e marido de sua sobrinha, Antônio Mendes Campos.
1906
Antônio Mendes Campos compra o imóvel vizinho e constrói uma casa para residência. Ele também começa a alugar as casas na Ladeira da Glória, segmentando salas para alugueis individuais devido à baixa demanda.
1910
Mendes Campos, percebendo a falta de rendimento do sobrado e das casas, decide construir o complexo conhecido como Villa Aymoré.
1916
No ano de 1916 foi construída pelo empreendedor Antonio Mendes Campos, a última casa da Villa Aymoré , a de nº 10, e chamada de Villa Iracema.
Ele já havia construído a primeira Villa Aymoré, que deu o nome ao conjunto, e, em seguida, as demais casas com nomes indígenas. Homenageava seu ex-sócio e tio de sua esposa Zulmira e ao movimento indigenista difundido, principalmente, pelo romancista José de Alencar.
1926
A construção do número 6 permaneceu como residência da família, em particular à sua filha, Maria José Campos Seabra, casada com Democrito Lartigau Seabra, que comprou o complexo inteiro da herança compartilhada pelos irmãos em 1926.
1929 - 1930
A imponência de seus edifícios históricos não deixa dúvidas sobre o passado glamouroso da Glória. Frequentada por políticos, artistas e intelectuais, até a década de 1930 era chamada de “Saint-Germain-des-Prés carioca”, em referência ao bairro francês. Foi cenário de inúmeras obras da nossa literatura, como “Dom Casmurro”, de Machado de Assis: ali foram viver Capitu e Bentinho, personagens centrais do romance.
1960 - 1980
O sobrado, no final da alameda continuou da forma que estava até meados de 1960, quando desmoronou, e até 2010, o terreno ficou vazio, como parte da propriedade da família. Foi ao redor dos anos de 1980 que foram encontrados os últimos classificados para as casas da Villa Aymoré. A este ponto, as casas amarelas começaram a degradar, e por fim, tiveram que ser evacuadas.
2010
Adquirida pela Landmark Properties, a Villa Aymoré passou por uma restauração detalhista de R$ 50 milhões, visando o aluguel para escritórios. Foram reconstituídos azulejos hidráulicos e construída uma escadaria utilizando pinho-de-riga reaproveitado.
2014
Tombada pelo município e incluída na Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac) da Glória e do Catete desde 2005, a Villa Aymoré está sendo restaurada para abrigar um empreendimento comercial.
2016
A Galeria Aymoré é um espaço para encontro e conversa sobre arte de caráter institucional que se constitui através das parcerias com o Arte Clube Jacaranda e o Instituto PIPA - ambos grandes influenciadores da arte contemporânea brasileira.
2016
A Villa Aymoré, no comecinho da Ladeira da Glória, vai se tornar, a partir de agosto, endereço de uma unidade da paranaense Nex Coworking no Rio.
2019
2019 - Villa Aymoré recebe a 10ª edição do Premio Pipa
2019
A Villa Aymoré recebe a 3ª edição da Feira Oriente de Artes Visuais.
O evento possibilita que artistas exponham e comercializem seus trabalhos sem intermediários, diretamente com os compradores.
2020
Pandemia da COVID-19
2020
Reabertura da Galeria Aymoré em outubro, mesmo durante a pandemia.
2021
Inauguração da ESPM
O novo campus tem 8 916 metros quadrados, sendo mais de 8 000 deles de área construída. De acordo com Dalton Pastore, presidente da ESPM, o espaço dialoga com conceitos caros à ESPM, como inovação e criatividade.
“Ocupar a Villa Aymoré é uma grande oportunidade para mantermos nossa prestação de serviço. Mais do que isso: é uma demonstração de que acreditamos profundamente na importância da cidade do Rio de Janeiro e de seu mercado.”
O novo campus tem 8 916 metros quadrados, sendo mais de 8 000 deles de área construída. De acordo com Dalton Pastore, presidente da ESPM, o espaço dialoga com conceitos caros à ESPM, como inovação e criatividade.
“Ocupar a Villa Aymoré é uma grande oportunidade para mantermos nossa prestação de serviço. Mais do que isso: é uma demonstração de que acreditamos profundamente na importância da cidade do Rio de Janeiro e de seu mercado.”
2022
Mudas de pau-brasil, sibipiruna e ipês verde, branco e roxo serão plantadas no novo campus ESPM Glória-Villa Aymoré, que abre suas portas nos próximos dias para professores e alunos.
2023
Clean Up The World realiza Conferência Geral com base no tema ‘Década dos Oceanos’, o evento contou com diversas palestras e divulgação de informações sobre o combate à poluição e em busca da reconstrução e preservação do meio ambiente marítimo.